quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A sina de um jovem Sportinguista


Mas por que carga de água é que eu não tive a sorte de nascer noutra época? Nascido em 1987, parece que estou destinado a presenciar alguns dos momentos mais históricos do meu clube, mas nunca pelos melhores motivos. Triste sina a minha.
Os que me conhecem, com certeza sabem da “lagartice” que me corre nas veias! Até que nem sou daqueles adeptos exageradamente sonhadores, tenho os pés bem assentes na terra, mas como qualquer bom Sportinguista, possuo uma boa dose daquela esperança tão bem simbolizada no verde do nosso clube. Ora é esta mesma esperança, que me faz dar um saltinho até ao estádios, sempre que há a hipótese do meu clube poder fazer algo de bonito para escrever no livro da sua história. Lá do alto dos meus tenros 22 anos, garanto-vos que desde que me apaixonei por este magnifico desporto, que é o futebol, com certeza não se gastou muita tinta a escrever nesse mesmo livro.
Debrucemo-nos sobre alguns exemplos.
Começar por dar valor à paixão e teimosia de uma criança que nunca viu o seu clube ser campeão, e que ainda assim, se mantém fiel e acompanha o seu avô nas idas à bola, no já desaparecido Estádio José de Alvalade. Isto foi coisa para durar 13 anos! Na época de 99/00, com uma soma total de 77 pontos, vejo pela primeira vez o meu Sporting ser campeão.


Quebra-se um jejum de 18 anos. Isso mesmo, 18 anos! Por que razão não ficou o Sporting sem ganhar um campeonato durante 18 anos nas décadas de 40, 50, 60, ou 70? Não… Chegaram a 1987, já regalados com uma dose de 5 anos sem ganhar um campeonato, e aí decidiram todos em conjunto que iam ficar mais 13 anos sem ganhar, para o Daniel ser gozado na escola pelos amigos, e massacrado em casa pelo pai Benfiquista. Acham que em 2000 ouvi os parabéns por ter sido campeão? Nada disso! O mais próximo que tive de uma congratulação deve ter sido “Epá lá ganharam finalmente! Também depois de 18 anos já deviam tar cansados de não ganhar nada!”. Concluindo, assisti à histórica celebração de 18 anos consecutivos sem ganhar o campeonato nacional.

Mas isto não chegava. Elevemos agora o patamar para o nível Europeu. Estamos no ano de 2005. Sporting encontra-se a disputar a 2ª mão da meia-final da Taça Uefa em Alkmaar. O resultado anterior era favorável à equipa verde e branca. Estamos sob o apito final da partida e o Sporting perde por 3 bolas a uma. Apenas mais um golo é o suficiente para os leões fazerem a festa. Vamos para o último lance do jogo. Bola levantada para o coração da área… GOLO! Cabeceamento de Miguel Garcia (risos)! Contra toda as probabilidades, o Sporting está na final da Taça UEFA.



Convido agora o mais famoso dos videntes, a dizer-me quando é que o Sporting terá outra oportunidade de disputar uma final de uma competição europeia, a jogar para o seu público, no aconchego da sua casa. Nunca. As probabilidades são mínimas, talvez até nulas. Mas lá estávamos nós! Éramos os finalistas, e íamos jogar em casa! O resultado vocês já sabem… Os russos do CSKA de Moscovo fizeram a festa por toda a Lisboa, e voltaram sorridentes para casa, com uma taça na bagagem, provavelmente já besuntada de vodka. Novamente, a celebração do feito histórico de perder uma final da taça UEFA a jogar na nossa casa.

Perguntam vocês, os mais desatentos do futebol, o que me levou hoje a escrever este pequeno texto.
Acabo de chegar a casa, vindo dos 8ºs de final da Liga Campeões. Outro momento histórico!


Sporting pela primeira vez passa a fase de grupos desta competição, e disputa os jogos a eliminar, sendo que neste caso dizer “eliminar”, é ser bonzinho. Pela primeira vez na minha vida de adepto, abandonei um estádio aos 79 minutos. Estava a ser mau demais. Atitude sensata a minha, uma vez que se tivesse ficado até ao final, não teria visto apenas 3 golos do adversário, mas sim 5. A noite de hoje, será relembrada não por ter sido a primeira vez nuns 8ºs de final desta competição, mas sim pela derrota mais humilhante de toda a história do clube, no seu percurso europeu. Cinco golos para os alemães de Munique, contra zero golos dos leões de Lisboa. Ainda oiço a minha mãe soluçar ali na sala pelos 100€ que gastou em 3 bilhetes. Mais uma vez, tinha que ser durante o meu percurso neste mundo, que isto tinha que acontecer!
Então não era muito mais fácil ser Sportinguista na época dos violinos? Um gajo tinha memórias a preto e branco, mas ao menos era feliz a relembrar as glórias do seu clube! Com certeza que a “lagartagem” miúda da altura não era gozada nas escolas!
Tristezas aparte, venham lá os dragões no sábado (todos emproados e com os bolsos cheios de títulos recentes), que “até os comemos vivos”!
(Ainda) Orgulhosamente Sportinguista.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Pequeno desabafo.

Estou cansado da faculdade. Do espaço, das pessoas, dos professores, do refeitório, da biblioteca, das salas de estudo, dos livros, das resmas de fotocópias, da incompetência dos Serviços Académicos, dos preços exagerados, da lentidão da reprografia, da falta de sentido de oportunidade das senhoras das limpezas, de tudo… Não estou cansado de estudar. Estou cansado da faculdade, apenas da minha faculdade. Os estudos continuarão, mas não ali.
Semestre desmotivante. Duas cadeiras para dar por terminada a minha licenciatura. Fora da faculdade, vai-se estudando e fazendo alguma ginástica mental com exercícios de outro calibre. A ver vamos se é suficiente para tentar a minha sorte lá nos estrangeiros.
Colegas e amigos passam por mim todos os dias. Uns de fato, prontos para enfrentar o primeiro emprego, outros ainda de calças de ganga e t-shirt, mas já com o elevado estatuto de estudantes de mestrado. Que sorte. Mentira. Fizeram por isso. Bem sei que dentro de poucos meses as coisas já não serão assim, mas no entretanto, vai-se apoderando de mim este sentimento de cansaço e desmotivação.
Bem-haja à minha namorada que me vai proporcionando umas horas de almoço mais sorridentes, e vai apoiando nas decisões difíceis que se adivinham.

sábado, fevereiro 14, 2009

Fit together





Não é que seja preciso ser dia 14 de Fevereiro, mas já agora aproveito a data, encho os meus pulmões de ar, e dou um "grito" ao mundo para que todos saibam o quanto te amo!

Sem a frenética corrida às lojas, vou-te dar a mão, deixar o meu coração sorrir, e aproveitar apenas mais um dia com a minha melhor amiga... A minha namorada.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Olá. O meu nome é Magalhães.

Só assim muito por acaso, algum de vocês sabe o que estou a fazer neste momento? Sim, a escrever diante de um ecrã… Mas não é um ecrã qualquer! Nem muito menos um computador qualquer! Pequeno (demasiado até), de linhas infantis, leve, e revestido com uma espécie de borracha protectora… Já lá chegaram? Não? Eu explico.
Pois é, parece que a modernização tecnológica (será mesmo?) chegou à minha casa. Chama-se Magalhães, tem menos de 1.45kg, e é o primeiro computador da minha irmã mais nova, que frequenta actualmente o 2º ano do ensino primário. Este será possivelmente o post que mais dificuldade terei para terminar, não pelo seu conteúdo ser difícil de explorar, mas sobretudo porque cada vez que tento carregar numa tecla, acabo por carregar em duas, e atenção que não tenho uns dedos assim tão gordos quanto isso.

Não vou aqui representar o típico papel de “português insatisfeito” que se queixa quando não tem, e praticamente ainda mais se queixa quando tem. Tal como esperava, são vários os aspectos positivos desta máquina, mas também se contam alguns negativos, que com relativa facilidade poderiam ter sido melhorados. A primeira coisa que acho importante frisar, é que de facto 20€ por um computador é realmente pouco, e como tal, penso estar ao alcance de todo e qualquer pai que queira introduzir o seu filho no mundo da informática (consta que agora é uma parte fundamental na educação dos mais jovens). E sim, para aqueles que ainda duvidam, e que tanto falam, ainda que sem conhecimento de causa, é mesmo um computador, modesto, mas é. Dois sistemas operativos distintos com interfaces adaptados para os mais leigos na matéria, um disco pequeno mas suficiente para armazenar meia dúzia de documentos, uma webcam para tirar umas fotos catitas, e todo um conjunto de software didáctico que me parece interessante e desafiante aos olhos de uma criança entre os 7 e os 9 anos de idade.


Bla bla bla bla, e chega de falar de coisas boas, até porque falar das más é sempre bem mais fácil e divertido! Preparem aí meia horinha do vosso tempo que isto agora vai ser disparar em todas as direcções! Mentira. Vou tentar ser breve e conter a minha língua venenosa.

A menos que o orçamento de estado para 2012 preveja uma verba assinalável para óculos e consultas de oftalmologia, não consigo perceber o porquê de um ecrã de 8 polegadas. Concordo que realmente pedia-se um computador portátil de tamanho reduzido, mas vá lá, conseguir ler o nome dos atalhos no desktop não deveria consistir num desafio. Quanto ao teclado acho inaceitável… Não, não acho, sou mesmo eu que afinal tenho os dedos gordos, longe do tamanho duns dedos de 7 ou 8 anos. Dado que o computador será usado maioritariamente para fins escolares, seria normal os jovens alunos poderem fazer as suas pesquisas na Internet, de forma a melhor desenvolverem os exigentes trabalhos da disciplina de Estudo do Meio. Vejamos, www.google.pt... “Página não pode ser acedida”. Humm… estranho, ia jurar que este era capaz de ser este o site mais utilizado em todo o mundo pelos cibernautas. Vamos tentar www.sapo.pt... Não, também não consigo aceder... Por favor, não me digam que… Não, não pode ser… www.record.pt… Okay, se nem a capa do Record os miúdos podem consultar, esqueçam lá essa coisa da Internet porque assim não vale a pena. Torna-se excessivamente repetitivo sempre que se vai à net, só poder consultar o site do Ministério da Educação, que diga-se, até é bastante engraçado. O melhor que a minha irmã tem a fazer em vez de andar a navegar pela Internet, é mesmo colocar um CD das “Just Girls” no seu novo portátil, e fazer uns desenhos no Paint. Esperem lá, então e a portinha do CD-ROM? Fantástico, o Magalhães não lê nem CD’s nem DVD’s. Mas tem webcam! Isso tem…

Bom, pormenores à parte, o que interessa é que realmente agora tenho uma casa moderna, e os meus pais não precisaram de gastar mais do que 20€. Apesar de tudo o que se possa dizer, e bem sei que foram bastantes os pontos que deixei à margem deste texto, estendo a mão à palmatória, e confesso que realmente acho que este foi um passo significante para a modernização do ensino primário nas escolas portuguesas. Quando a minha avó for entregar o Bollycao e o pacotinho de Nesquik para o lanche, no intervalo das aulas, com certeza será surpreendida por umas dezenas de alunos sentados à beira do campo de futebol, de Magalhães ao colo e a jogar Solitário.

No fundo, no fundo, tenho algumas saudades de ver a rapaziada a fazer covinhas na areia para jogar ao berlinde.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Um regresso inesperado.

Após praticamente 2 anos sem vida, eis que chega a hora de reanimar este Blog. O motivo deste regresso é simples – “ Create a Blog after the first week of classes (Deadline: Feb 11), and update it with a new message at least once a week. If it is not updated, then in-class group grade (for individual, not group) will be zero.”
Esta pequena passagem em inglês, foi aquilo que encontrei ao ler a 2ª página do programa da cadeira Sistemas de Informação. Para quem não se consegue desenvencilhar com esta complicada língua que é o Inglês, basicamente o que o parágrafo acima nos diz é que se eu não tiver um Blog actualizado semanalmente (sobre o quê ainda não sei, mas terei oportunidade de descobrir), 25% da minha avaliação será cotada com a nota zero. Posto isto, tendo em conta que até preciso de tirar uma nota jeitosa, e que criar um nome para um novo Blog implicaria um esforço mental para o qual não me sinto preparado, cá estou eu de volta ao activo no sítio do costume, motivado para enfrentar esta desafiante proposta de escrever um pequeno texto todas as semanas. Como disse, não faço ainda qualquer tipo de ideia sobre aquilo que terei que escrever para satisfazer este arrojado método de avaliação, ainda assim, poderão ser algumas as ocasiões em que escreva algo fora desse âmbito. Parvoíces portanto.
Ah! Resolvi ainda apagar todos os meus antigos posts que me acompanhavam desde 2005, e que há já dois anos a esta parte, iam ganhando algum pó. Os tempos são outros.
Despeço-me, deixando uma nota de agradecimento ao Professor João Vieira da Cunha (de fora fica toda e qualquer tentativa de bajulação da minha parte), pela extraordinária proeza de me conseguir trazer de volta (ainda que não tivesse outra saída) a este mundo dos Blogs.